Alerta - RC Profissional: Vai trocar de Seguradora na Renovação? Vai mesmo?

Alerta - RC Profissional: Vai trocar de Seguradora na Renovação? Vai mesmo?

Vai trocar de Seguradora na Renovação? Vai mesmo?

Chegou a vez de falarmos sobre a renovação de seguros, troca de seguradora e coberturas.

Para apólices de seguros de ramos diversos, migrar a apólice na renovação é um processo simples, aonde se busca a melhor oportunidade financeira para o cliente, não importando qual seja a Seguradora (atual ou a possível nova). Busca-se cotações em algumas seguradoras, geralmente aonde se tem um relacionamento melhor, compara-se as coberturas contratadas da apólice vincenda e apresenta-se as opções disponíveis. Um processo sem muitas objeções.

No caso de apólice de Responsabilidade Civil Profissional (a base de reclamações), a renovação é um processo bem mais, com o perdão da palavra, “cabeludo”. São diversos os fatores que devem ser levados em consideração.

A retroatividade de cobertura: as apólices de Responsabilidade Civil Profissional são conhecidas como seguros de “cauda longa”, pois, desde que não haja quebra de vigência entre renovações, a cobertura do seguro tem validade para reclamações desde o início da vigência da primeira de uma série sucessiva de apólices, além do Prazo Complementar para apresentação de reclamações. Isso é o que consta na Circular Susep 336/2007. Ou seja, a cobertura pode perdurar por bastante tempo.

Entretanto, não são poucos os casos em que os Corretores, ao migrarem a apólice de Seguradora, não prestem atenção, se de fato a nova Seguradora está concedendo a retroatividade de cobertura da apólice atual. E não, não é uma obrigação da nova Seguradora oferecer a retroatividade da apólice atual. Mas é recomendável (quase uma obrigação) que o corretor tenha reparado nesse detalhe. Se, não é aceita a retroatividade completa, haverá então a quebra de vigência dessa apólice e o início do Prazo Complementar para apresentação de reclamações.

E aqui um pequeno aparte: a vigência da apólice é o resultado da retroatividade de cobertura (quando existente) com a vigência da apólice atual e são os serviços do segurado que forem realizados dentro dessa vigência que terão cobertura. O prazo complementar somente começa contar quando existe uma quebra dessa vigência.

Daí que prestar atenção nesse “detalhe” é indispensável, não te parece?

Soma-se a essa questão, que ao migrar a apólice para outra Seguradora, não é apenas a retroatividade que deve ser levada em consideração. As coberturas da apólice, ao migrar para uma nova seguradora que aceite a retroatividade de cobertura, se regerá nas condições da nova apólice. Agora imaginemos o seguinte cenário: Segurado presta serviços de instalação e manutenção de equipamentos, a apólice dele tem cobertura para execução de serviços, porém o corretor oferece na renovação, apólice que tem cobertura apenas para projetos. Detalhe a nova seguradora aceita a retroatividade. Que grande problema foi criado! A nova apólice não só não cobre os serviços do segurado, como transformou os serviços realizados na retroatividade, também sem cobertura!!! Tragédia completa...

A verdade é que não é somente importante escolher bem a Seguradora na primeira contratação de apólice. Mas cuidar sempre aonde vai ser renovada.

Uma apólice de RC Profissional, bem trabalhada, renovada por um período de (por exemplo) 10 anos, com cuidado nas coberturas e retroatividade, já não é só uma apólice de seguro apenas. Fica valendo como um ativo protetor do patrimônio da empresa.

Entender a importância dessas apólices e os detalhes e cuidados necessários,  vai facilitar seu trabalho com os seus clientes. E evitar uma dor de cabeça futura.

Tem alguma pergunta? Comentário? Estamos ao dispor.